Se hoje o Nintendo Switch é uma das plataformas mais adoradas por fãs de jogos profundos, criativos e emocionantes, isso se deve — e muito — ao legado do Super Nintendo. Muitos dos maiores sucessos da geração atual da Big N carregam o DNA de títulos lançados nos anos 90. São mecânicas, estilos visuais, atmosferas e filosofias de design que atravessaram décadas e continuam encantando.

A seguir, listamos 5 jogos do SNES que moldaram diretamente os games mais marcantes do Switch. Prepare-se para uma viagem nostálgica e reveladora.

1. The Legend of Zelda: A Link to the Past → Breath of the Wild

A Link to the Past marcou uma geração ao expandir o conceito de aventura em mundo aberto no SNES. Com mapas extensos, puzzles inteligentes e liberdade de exploração, o jogo foi uma aula de como conduzir o jogador por uma jornada épica sem tirar sua autonomia.

Décadas depois, Breath of the Wild levou essa ideia ao extremo, oferecendo um Hyrule totalmente aberto, repleto de possibilidades e segredos. A base estava lá desde o SNES — só precisava do poder do Switch para alcançar todo seu potencial. A mecânica de ir a qualquer lugar, a não-linearidade e a ênfase em soluções criativas remetem diretamente à liberdade presente em A Link to the Past, agora com física avançada e um mundo ainda mais vivo.

2. Super Metroid → Metroid Dread

Super Metroid é considerado por muitos o pai do gênero “metroidvania”. Atmosfera densa, exploração não linear e progressão baseada em upgrades definiram a estrutura que inspiraria milhares de jogos.

Metroid Dread, lançado no Switch, é uma continuação direta desse legado. Ele moderniza os controles, refina a narrativa e traz o mesmo sentimento de isolamento e descoberta, provando que o espírito de Super Metroid ainda pulsa forte. A tensão dos encontros com os E.M.M.I. e a precisão dos controles em Dread são a evolução natural da sensação de vulnerabilidade e poder crescente que o SNES apresentou em 1994.

3. EarthBound → Undertale

EarthBound foi um RPG que quebrou regras. Com humor ácido, ambientação contemporânea e uma abordagem emocionalmente imprevisível, ele virou cult.

Undertale, embora não seja da Nintendo, encontrou no Switch seu lar ideal — e é impossível não ver EarthBound como sua maior influência. A metalinguagem, os personagens excêntricos e o sistema de combate pacifista fazem dele um herdeiro direto daquele clássico estranho e apaixonante. Ambos subvertem expectativas: o que parece bobinho revela-se profundo, tocante e, em certos momentos, até existencial.

4. Super Mario World → Super Mario Odyssey

Super Mario World refinou a fórmula de plataforma com mundos vastos, fases secretas e power-ups criativos. Foi o auge do Mario 2D no SNES.

Super Mario Odyssey segue a mesma filosofia, mas em três dimensões. A liberdade de abordagem, a variedade de mundos e o senso de surpresa constante são a evolução natural daquilo que Mario já fazia no SNES. Cada reino em Odyssey é como uma fase expandida do Mario World — cheio de detalhes, caminhos escondidos e interações criativas. A captura com o chapéu é o novo equivalente ao uso estratégico dos power-ups do passado.

5. Final Fantasy VI → Octopath Traveler

Final Fantasy VI foi um marco no gênero RPG: personagens complexos, enredo denso e trilha sonora lendária. Ele mostrou que o SNES podia oferecer narrativas maduras.

Octopath Traveler, com seu visual HD-2D, revive esse espírito. Embora não seja continuação direta, seu sistema de múltiplas histórias, combate estratégico e ambientação nostálgica o colocam como legítimo sucessor espiritual. A estética que mistura pixel art com iluminação moderna é uma homenagem clara ao legado dos RPGs de 16 bits, mas com um frescor que encanta novos jogadores.

As raízes continuam vivas

O Nintendo Switch talvez seja o console que mais celebra o passado da empresa sem abrir mão da inovação. É como se os jogos do SNES tivessem sido guardados em cápsulas do tempo, esperando o momento certo pra florescer de novo — agora com mais cor, profundidade e alcance.

E não para por aí. Outros jogos do Switch também ecoam os clássicos do SNES. A série Fire Emblem continua a evoluir a base tática deixada por seus antecessores. Kirby and the Forgotten Land levou o mascote rosa a novos patamares, mas mantém o espírito dos jogos lançados na era 16-bits. Até títulos indies como Celeste e Dead Cells mostram influências claras do design inteligente e desafiador cultivado no Super Nintendo.

Pra quem viveu a era 16-bits, é emocionante ver como esses clássicos influenciam o presente. E pra quem conheceu a Nintendo só agora, essa é a chance de entender de onde vieram tantos dos jogos que hoje são considerados indispensáveis. Uma geração inspira a outra — e o legado continua.