Desde o lançamento dos primeiros jogos de Pokémon, em 1996, a franquia se tornou uma das mais populares e amadas do mundo. No entanto, por trás das batalhas divertidas, dos monstrinhos carismáticos e da trilha sonora nostálgica, sempre existiram histórias misteriosas que assombraram jogadores de diferentes gerações. Muitas dessas lendas nasceram de interpretações de textos dos jogos, designs perturbadores ou teorias que se espalharam na internet como fogo em mato seco. A seguir, listamos as lendas mais bizarras e assustadoras do universo Pokémon.
A música da Cidade de Lavanda
Possivelmente a mais conhecida entre as lendas, a música da Cidade de Lavanda (Lavender Town), presente nos jogos Red e Blue, ganhou fama por seu tom melancólico e assustador. A teoria mais difundida é a do “Síndrome da Cidade de Lavanda”, que afirma que crianças japonesas teriam apresentado sintomas de ansiedade e até comportamentos autodestrutivos após ouvirem a trilha. Embora sem provas concretas, o mito persiste até hoje como uma das histórias mais sombrias da franquia.
Hypno e seu comportamento sinistro
O Pokémon Hypno, da primeira geração, tem uma Pokédex que assusta: ele usa seu pêndulo para hipnotizar crianças e levá-las para lugares desconhecidos. Em Pokémon FireRed, o texto chega a dizer que Hypno “levou uma criança desaparecida”. A ideia de um Pokémon sequestrador de crianças transformou Hypno em um dos mais temidos pelos fãs de teorias e creepypastas.
Banette, a boneca possuída
Introduzida na terceira geração, Banette é descrita como uma boneca de pelúcia jogada fora por uma criança. Ela ganha vida graças ao ódio e rancor que sente e, segundo a Pokédex, sai pelo mundo procurando seu antigo dono para se vingar. O conceito de brinquedos rejeitados voltando para assombrar seus donos não é novo, mas Banette trouxe essa ideia para o universo Pokémon de forma bem sombria.
Phantump, o espírito da criança na floresta
Phantump pode parecer apenas mais um Pokémon do tipo Fantasma/Planta, mas sua origem é trágica. De acordo com a Pokédex, ele surge quando o espírito de uma criança perdida na floresta possui um toco de árvore. Essa descrição adiciona um peso emocional ao monstrinho, que passa a ser visto não apenas como uma criatura fofa, mas como a manifestação de uma alma solitária.
Yamask, a alma que carrega uma máscara humana
Yamask, do tipo Fantasma, é um dos Pokémon com a origem mais melancólica. Ele carrega uma máscara que representa seu rosto quando ainda era humano e, segundo a Pokédex, às vezes chora ao olhar para ela. A implicação de que Yamask é um espírito humano que virou Pokémon levanta questões filosóficas e aterrorizantes sobre o que acontece com as almas no universo da franquia.
Driftloon e o sequestro de crianças
Driftloon, um balão aparentemente inofensivo, é descrito como uma criatura que tenta sequestrar crianças, flutuando com elas para o céu. Ainda que o tom do texto varie de acordo com o jogo, a ideia geral persiste: esse Pokémon do tipo Fantasma tenta atrair os pequenos para um destino desconhecido. Uma imagem delicada que esconde intenções sombrias.
As ruínas de Alph e o mistério dos Unown
Em Pokémon Gold, Silver e Crystal, as Ruínas de Alph escondem os Unown, Pokémon em forma de letras com habilidades psíquicas. Ninguém sabe ao certo sua origem, mas a presença de mensagens criptografadas e textos antigos alimenta teorias sobre uma civilização perdida ou uma entidade superior. Muitos acreditam que os Unown estão ligados a eventos sobrenaturais no jogo.
Cubone e sua máscara de luto
Cubone é descrito como o Pokémon que usa o crânio de sua mãe falecida como capacete. Seu choro noturno pode ser ouvido de longe, segundo a Pokédex. A imagem de um filhote em luto eterno toca o emocional dos jogadores e transforma Cubone em um dos Pokémon mais tristes da franquia.
Glalie e sua fúria congelante
Glalie, da terceira geração, possui uma Pokédex que o descreve como um Pokémon de coração gelado e aparência assustadora. Dizem que ele congela qualquer coisa que encoste, inclusive humanos. Essa característica transformou Glalie em uma figura simbólica entre os jogadores que gostam de teorias mais sombrias envolvendo congelamento e aprisionamento.
Froslass e os desaparecimentos na neve
Froslass, a evolução de Snorunt com Dawn Stone, é baseada em uma lenda japonesa sobre o espírito de uma mulher que morreu congelada. Sua Pokédex menciona que ela atrai homens para montanhas geladas e os congela, mantendo seus corpos como decoração. A figura etérea e elegante de Froslass esconde uma personalidade fria e mortal.
Chandelure e a alma queimada
Chandelure, da quinta geração, tem uma Pokédex que afirma que ele queima a alma de suas vítimas enquanto o corpo permanece intacto. Essa descrição é particularmente sombria, sugerindo que suas chamas são capazes de destruir o espírito humano — algo mais aterrorizante do que o simples dano físico.
Mimikyu e o medo de ser visto
Mimikyu tenta imitar a aparência do Pikachu para ser aceito, mas seu verdadeiro corpo é tão assustador que pode causar danos a quem o vê. Essa combinação de carência extrema e um visual perturbador criou uma conexão emocional com jogadores, ao mesmo tempo que alimenta lendas sobre sua aparência real.
Giratina e a dimensão distorcida
Giratina, o Pokémon lendário da quarta geração, vive no Mundo Reverso — uma dimensão paralela ao nosso universo. Ele é frequentemente associado a conceitos como o antimatéria e o caos. Sua aparência e presença remetem a seres Lovecraftianos, e muitos o consideram uma representação da morte ou do inferno no universo Pokémon.
Conclusão nada doce
Apesar de ser uma franquia voltada ao público jovem, Pokémon sempre apresentou camadas mais sombrias em seus jogos. As descrições perturbadoras, as origens trágicas e as lendas urbanas ajudaram a criar um universo rico e multifacetado, que vai muito além das batalhas em ginásios. Seja por intenção criativa ou interpretações da comunidade, essas histórias continuam fascinando e assustando gerações de jogadores.