Todo mundo tem uma memória de rivalidade jogando Super Nintendo. Aquele empurrão no ombro, a reclamação do golpe roubado, o controle arrancado da mão do irmão mais novo… O Super Nintendo não era só um console, era um campo de batalha emocional. E poucos gênros provocaram tanto caos no sofá da sala quanto os jogos de luta. Vamos relembrar dez clássicos que, mesmo depois de tantos anos, ainda têm o poder de colocar fogo na disputa.

Street Fighter II: O rei das tretas

Não tem como começar essa lista por outro. Street Fighter II praticamente definiu o gênro nos anos 90 e foi responsável por muita briga entre amigos. Todo mundo queria ser o Ryu ou o Ken, e não faltavam discussões sobre quem era mais “apelão”. O Hadouken virava motivo de provocação e os combates no modo versus acabavam com um olhando torto pro outro.

Mortal Kombat II: Fatality e amizade não combinam

Se Street Fighter era a briga justa, Mortal Kombat II era o caos. O visual mais sombrio, os personagens bizarramente carismáticos e, claro, os fatalities, tornavam tudo mais intenso. Não era raro ver um amigo levantando indignado após tomar um Fatality do Sub-Zero ou do Scorpion. E quem sabia fazer um combo completo, então? Virava alvo imediato da raiva coletiva.

Killer Instinct: A revanche era obrigatória

Esse é aquele jogo que fazia você querer jogar de novo só pra se vingar. Killer Instinct chegou com graficos mais sombrios e uma jogabilidade diferente, com combos enormes e personagens marcantes como Jago, B. Orchid e Fulgore. Era bonito de ver, mas também dava raiva quando você ficava travado levando combo atrás de combo. A frase “combo breaker” ecoa na mente até hoje.

TMNT Tournament Fighters: Tartarugas nervosas

Não era o jogo de luta mais equilibrado do mundo, mas Tournament Fighters com as Tartarugas Ninja era diversão garantida. E quem não pegava o Leonardo já era visto com desconfiança. A trilha sonora agitada e os cenários coloridos faziam o jogo se destacar, e mesmo que nem todo mundo conhecesse todos os personagens, bastava um Raphael com pressa pra já rolar confusão.

Ranma ½: Pancadaria com muito estilo

Esse aqui dividia opiniões, mas quem curtia anime era fã de carteirinha. Ranma ½: Hard Battle misturava personagens excêntricos, golpes inusitados e um ritmo diferente. Era o tipo de jogo que ou você amava ou achava estranho demais, mas se entrava no meio da disputa, podia apostar que ia gerar discussão sobre qual personagem era mais roubado.

Dragon Ball Z: Hyper Dimension – Kamehameha na cara

Pra quem cresceu assistindo Goku e companhia, esse jogo era ouro puro. Dragon Ball Z: Hyper Dimension tinha animações de tirar o fôlego pra época e uma jogabilidade mais fluida que os jogos anteriores da franquia. Soltar um Kamehameha bem na hora certa era motivo de grito e vídeo game pausado. E se o outro errasse um golpe especial, era motivo de piada até o fim do dia.

Saturday Night Slam Masters: Luta livre insana

Aqui a pegada era diferente: luta livre. Saturday Night Slam Masters trazia aquela mistura entre pancadaria e show, com personagens exagerados e golpes espetaculares. Tinha quem usasse isso como desculpa pra jogar sujo, derrubar fora do ringue e depois dizer que “tava no manual”. Diversão garantida, mas prepare-se pra gritaria.

Gundam Wing: Endless Duel – Robôs e rivalidade

Nem todo mundo conheceu esse clássico, mas quem viu Gundam Wing na TV Manchete se apaixonou. O jogo trazia robôs gigantes se enfrentando com golpes de espada, raios e jetpacks. Tinha um ritmo acelerado e exigia reflexos rápidos, o que fazia qualquer vacilo virar motivo pra perder a luta e ouvir provocação do adversário.

ClayFighter: Humor e loucura na luta

Quer um jogo estranho e hilário? ClayFighter era isso. Com personagens feitos de massinha e um humor escrachado, esse jogo não era só pancadaria, era quase um stand-up de socos. As brigas surgiam mais por não acreditar no que o jogo fazia do que pelo resultado em si. Mas se você era bom com o Bad Mr. Frosty, virava campeão da zueira.

Fatal Fury Special: Golpes e gritaria

Clássico da SNK, Fatal Fury Special trazia um elenco robusto e um sistema de combate mais técnico. Tinha que saber a hora de atacar e defender, senão era atropelado. Era aquele tipo de jogo que fazia os jogadores se levantarem do sofá a cada round. E claro, quando o Terry Bogard mandava um “Power Geyser!”, a briga real podia começar.

E a moral da história?

A real é que não era só sobre ganhar ou perder. Esses jogos faziam a gente se reunir, rir, gritar e, de vez em quando, sair emburrado da sala. Mas tudo fazia parte da experiência. O Super Nintendo pode estar aposentado na estante, mas essas memórias continuam vivas. E você? Qual jogo fazia você perder a amizade (temporariamente, claro) no meio de uma tarde qualquer? Porque olha… esses duelos de sofá ainda rendem assunto até hoje.