Lançado oficialmente em 5 de junho de 2025, o Nintendo Switch 2 chegou carregando a responsabilidade de suceder um dos consoles mais bem-sucedidos da história. E ao que tudo indica, os primeiros 20 dias já bastaram para consolidar o novo console como um sucesso estrondoso. A Nintendo não apenas superou expectativas comerciais, como também deu mostras de que continua entendendo seu público como poucas empresas no mercado dos games.
Números impressionantes em tempo recorde
A estreia do Switch 2 bateu recordes mundiais. Em apenas quatro dias, foram mais de 3,5 milhões de unidades vendidas globalmente — um feito que o coloca acima do próprio Switch original, que havia vendido cerca de 2,7 milhões no mesmo intervalo de tempo. Nos Estados Unidos, o novo console da Nintendo vendeu mais de 1,1 milhão de unidades nos primeiros dias, desbancando até mesmo o recorde anteriormente mantido pelo PS4.
No Japão, onde a marca sempre foi forte, o desempenho também foi avassalador. Com mais de 948 mil unidades vendidas nos quatro primeiros dias, o console já superou o lançamento de qualquer outro hardware da Nintendo na região. No Brasil, apesar das dificuldades logísticas, diversas lojas relataram estoques esgotados em menos de 12 horas após a liberação oficial das vendas.
Lançamentos de peso garantiram o embalo inicial
Boa parte do sucesso inicial do Switch 2 pode ser atribuído à sua biblioteca de lançamento. Títulos como Mario Kart World, Sonic x Shadow Generations e Street Fighter 6 deram o tom do que os jogadores poderiam esperar do novo console em termos de performance e inovação.
Mario Kart World liderou as vendas mundiais entre os títulos lançados junto ao console. Estimativas apontam que o jogo tenha sido adquirido com cerca de 79% das unidades vendidas nos Estados Unidos. O sucesso foi semelhante no Japão, onde mais de 780 mil cópias físicas foram vendidas na primeira semana.
Já Cyberpunk 2077: Ultimate Edition mostrou o que o Switch 2 é capaz de entregar tecnicamente. O port foi elogiado por sua estabilidade, visual digno da nova geração e uso inteligente da arquitetura customizada baseada em tecnologia NVIDIA. Com resolução dinâmica em 4K no modo dock e 1080p no portátil, o jogo virou símbolo do salto gráfico oferecido pela nova plataforma.
Desafios e críticas iniciais
Apesar de toda a empolgação, o lançamento do Switch 2 não foi isento de problemas. As críticas mais recorrentes giram em torno de três fatores principais: preço elevado, limitações nos jogos third-party e a autonomia da bateria.
O preço inicial sugerido de US$ 449 nos Estados Unidos (e algo próximo a R$ 3.499 no Brasil) assustou parte dos consumidores. Muitos ainda consideram o valor alto demais, especialmente para um console que mantém o conceito híbrido do seu antecessor. Em relação à bateria, os testes apontam uma duração de 2 a 4 horas em jogos mais exigentes — o que gerou algumas reclamações entre usuários que esperavam maior longevidade longe da tomada.
Outro ponto controverso envolve os jogos de terceiros. Algumas empresas adotaram o formato de cartão físico com chave de ativação para download, em vez de entregar o jogo completo em mídia física. Essa prática desagradou uma parcela dos consumidores mais tradicionais.
Análises especializadas elogiam performance e design
Apesar das críticas pontuais, o consenso entre os especialistas é que o Switch 2 representa uma evolução significativa em relação ao modelo anterior. Sites como IGN, Digital Foundry, Tom’s Guide e Eurogamer destacaram o desempenho superior em todos os aspectos: do novo processador customizado ao sistema de refrigeração inteligente.
O design manteve a proposta portátil com melhorias ergonômicas, como os novos Joy-Con 2, que contam com sensores mais precisos, melhor feedback tátil e sistema antiderevio aprimorado. A tela OLED de 7,8 polegadas com resolução nativa 1080p foi um dos pontos mais elogiados pela imprensa.
Sucesso financeiro: mais do que um bom começo
Além do impacto nas vendas de hardware, o lançamento do Switch 2 também refletiu diretamente na receita da Nintendo. Apenas nas duas primeiras semanas, estima-se que o console tenha gerado mais de US$ 1,57 bilhão em faturamento. As vendas de software também surpreenderam, com estimativas apontando mais de US$ 2 bilhões em compras digitais e físicas.
O mercado de acessórios também teve um impulso: controles, cases, docks e cartões de memória registraram crescimento de mais de 130% em comparação ao mês anterior. Produtos licenciados e periféricos oficiais esgotaram em diversos países, consolidando o Switch 2 como o centro do ecossistema gamer da Nintendo para os próximos anos.
Perspectivas para o futuro
A expectativa é que o Switch 2 mantenha o ritmo acelerado nos próximos meses. Segundo analistas da Bloomberg e da NPD Group, o console pode atingir a marca de 15 milhões de unidades vendidas até março de 2026, o que o colocaria no mesmo patamar de crescimento do seu antecessor.
A Nintendo já sinalizou que pretende expandir ainda mais o catálogo de jogos ao longo do segundo semestre. Rumores apontam para anúncios de títulos inéditos de franquias consagradas como Donkey Kong, Metroid Prime, Zelda e Super Mario Odyssey 2.
Além disso, a compatibilidade com os jogos do Switch 1 tem sido um diferencial importantíssimo. A retrocompatibilidade completa — com ganhos em resolução e performance para muitos títulos — garantiu que os jogadores não precisassem abrir mão de suas bibliotecas digitais ou físicas.
O Switch 2 é um sucesso incontestável
Vinte dias foram suficientes para comprovar que o Nintendo Switch 2 não apenas atendeu às expectativas: ele as superou. Com vendas recordes, recepção positiva da crítica, forte apoio de estúdios first-party e um público engajado, o console já garantiu seu lugar como um marco da nova geração.
Se os próximos meses mantiverem esse ritmo, o Switch 2 tem tudo para repetir — ou até superar — o fenômeno do seu antecessor. Para a Nintendo, o jogo já começou em alta velocidade. E para os jogadores, é hora de aproveitar a nova era portátil da Big N com estilo, desempenho e uma biblioteca que só tende a crescer.