Quem cresceu nos anos 90 sabe: a guerra entre Super Nintendo e Mega Drive foi real. Tínhamos dois titãs disputando atenção nos comerciais, nas lojas e, claro, nos recreios das escolas. De um lado, a Nintendo com seus jogos polidos e mascotes carismáticos. Do outro, a SEGA com atitude, velocidade e propaganda agressiva. E quer saber? Em pleno 2025, essa treta ainda rende.
Então bora comparar esses dois clássicos com carinho e sem neutralidade — porque todo mundo tem seu lado nessa história.
Gráficos: cores vibrantes ou estilo arcade?
O Super Nintendo mandava muito bem em cores e efeitos gráficos. Tinha o famoso Modo 7, que criava ilusões 3D em jogos como F-Zero e Mario Kart. As animações eram suaves e os sprites, detalhados. Jogos como Donkey Kong Country deixavam qualquer um de queixo caído e mostravam como o SNES sabia extrair o máximo do seu hardware.
O Mega Drive não ficava muito atrás. Apesar de ter menos paleta de cores, compensava com velocidade e um estilo visual mais arcade. Sonic é o maior exemplo: rápido, vibrante e com trilha sonora que gruda na cabeça. Além disso, jogos como Gunstar Heroes e Ristar mostravam o que o console era capaz de entregar em termos de ação e fluidez.
Som: qual consola fazia seu ouvido vibrar?
O SNES tinha um chip de som mais avançado, e isso fica claro em trilhas como as de Chrono Trigger, Zelda e Final Fantasy. Eram quase sinfônicas, criando uma imersão que poucos consoles da época conseguiam.
Já o Mega Drive apostava em um som mais cru, metálico e agressivo. Funciona bem em jogos como Streets of Rage, que tem uma das trilhas mais elogiadas da história dos beat ‘em ups. E não podemos esquecer do som pesado de jogos como Shinobi III e Thunder Force IV.
Catálogo de jogos: quem tinha os melhores?
A Nintendo sempre jogou em casa nesse quesito. Mario, Zelda, Donkey Kong, Metroid… é uma franquia mais marcante que a outra. E ainda trouxe RPGs lendários como Chrono Trigger e EarthBound, além de clássicos como Super Metroid e Yoshi’s Island, que exploraram tudo o que o SNES tinha a oferecer.
Mas a SEGA também mandou bem: Sonic, Golden Axe, Altered Beast, Streets of Rage e Phantasy Star brilharam. Sem contar os ports de fliperama, que no Mega Drive eram mais comuns e fiéis. Jogos como Mortal Kombat vinham com sangue e brutalidade, coisa que o SNES suavizava.
Controle: ergonomia ou nostalgia?
O controle do Super Nintendo virou referência. Leve, com botões bem distribuídos e responsivos. A disposição dos botões XYAB virou padrão no mundo dos games, sendo adotada até hoje por muitas empresas.
O do Mega Drive era maior, com três botões no modelo clássico e um direcional robusto. Era estranho pra quem vinha do SNES, mas funcionava bem em jogos de luta e arcade. A SEGA depois lançou um controle de seis botões que agradou muito aos fãs de Street Fighter II e outros jogos competitivos.
Multiplayer e periféricos
O SNES apostava em periféricos mais voltados pra expansão de jogos, como o Super Game Boy, que permitia jogar cartuchos de Game Boy na TV. Tinha também jogos multiplayer muito fortes, como Bomberman, Mario Kart e TMNT: Turtles in Time.
O Mega Drive teve o Mega CD e o 32X, que tentaram dar sobrevida ao console com mídia ótica e gráficos mais modernos. Não foram um sucesso comercial, mas mostraram a ousadia da SEGA em tentar se reinventar. Além disso, o multitap permitia jogos para até 4 jogadores em títulos como Gauntlet IV e Micro Machines.
A cultura em torno dos consoles
Mais do que apenas gráficos e som, Super Nintendo e Mega Drive criaram culturas próprias. A Nintendo construiu um ecossistema de jogos familiares e heróis carismáticos. A SEGA, por outro lado, apostava em um marketing agressivo, com o famoso “Genesis does what Nintendon’t”, e um apelo mais “radical” para os adolescentes da época.
A rivalidade entre os dois consoles extrapolava o videogame e virava discussão em revistinhas, programas de TV e rodas de amigos. E cada um defendia seu lado com unhas e dentes.
E afinal, quem venceu?
Se a gente falar de vendas globais, o Super Nintendo levou a melhor. Mas no coração dos fãs, essa guerra nunca acabou. Cada console teve seus momentos de brilho e criou memórias que duram até hoje.
Se você prefere a aventura caprichada de um Zelda ou a velocidade pura de um Sonic, tudo bem. O importante é que essa rivalidade saudável ajudou a empurrar a indústria pra frente, inspirando novos consoles, franquias e até mesmo o modo como os jogos são divulgados hoje.
Que comecem os jogos…
E você? Era time Nintendo ou time SEGA? Fala aí nos comentários qual console reinava na sua casa, qual jogo mais te marcou e se essa guerra acabou mesmo… ou só ficou adormecida até a próxima discussão no grupo de amigos.